Refletindo sobre mercado de trabalho, geração de renda, inclusão produtiva e oportunidades iguais para todos, a base da democracia, encontramos os números absurdos no Brasil sobre inclusão de pessoas mais vulneráveis no mundo do empreendedorismo, trabalho e renda. Tenho a percepção de que enquanto não avançarmos através da educação e projetos de inclusão nesses números teremos muita dificuldade de avançar como Nação. Muito tem sido feito nos anos recentes, mas o gap ainda é gigantesco e surpreendente e sempre vale a pena ser lembrado. Ainda mais nesse momento do país que debatemos sobre a volta do crescimento econômico. Um bom momento de refletir sobre o crescimento inclusivo!
Abaixo alguns dados do problema:
– Negros e pardos são 54% da população brasileira, mas são 78 % dos 10% mais pobres do Brasil;
– Negros ganham R$ 1.570,00 em média e Brancos R$ 2.814,00;
– Somente 1,8% entre todos os professores da USP;
– Um homem negro tem 8 vezes mais chances de ser vítima de homicídio no Brasil do que brancos;
– São apenas 65 (menos de 4%) dos 1.626 deputados distritais, estaduais, federais e senadores;
– São 0% entre os governadores e ministros do STF;
– Nas quinhentas maiores empresas que operam no Brasil, apenas 4,7% e 6,3% dos cargos de direção e gerência!;
– Só 10% dos livros publicados no Brasil , de 1965 a 2014, são de autores negros. Entre os diretores de filmes nacionais, de 2002 a 2012, são apenas 2%;
– Também são minoria entre profissões de de alta qualificação. Entre engenheiros, pilotos de aeronaves e professores de medicina, estão na faixa de 11%.
(dados do IBGE-2016-2017, IPEA, USP-2015, Rede Brasil Atual-2012, TSE-2018, RAIS-MT-2016,UnB e UERJ, Escravidão – Laurentino Gomes)